Escrevi para um amigo: A semente caiu no molhado e o roçado cheira flor em pleno agosto...Pegando o viés da colheita, o poeta Carlos Abranches nos enviou esta festa, que devidamente concedida por ele, eu partilho com vocês:
Oi, Zenilda.
Seu texto-resposta é um poema em prosa!
Encosta brejeiro na lua que te habita o nome,
cheira suave o sol das palavras claras,
mergulha no rio caudaloso da inspiração nordestina,
em que só os legitimamente nascidos nesse pedaço de céu
sabem entoar o cântico das palavras do sertão.
Do monte de minha mineirice,
abro-me em silêncio de espectador.
Quero mais é quietar-me para que esses versos
ecoem cá por dentro, na acústica interna de meu peito...
Só assim para ver, ouvir e sentir o eco
do que se revela no oculto dos poemas de vocês dois,
poetas duplamente paraibanos, inspirados no manto azul
que se abre sobre a terra em que vivemos.
O que meu sonho pede é que esses meus amigos sejam
sempre o que são, ou sempre mais,
para caber mais gente no alforje de quem escreve
as dores e alegrias do que somos.
Seja na Paraíba de lá,
Seja na de cá,
que sejamos sempre assim - crianças apaixonadas
por brincar de ver as coisas pelo ângulo que nos leva
ao além de nós, dos nós, de amigos nunca mais sós...
Sucesso por aí, que daqui vou dando um traquejo
nos buracos na camisa...
Inté (de mineiro)
Abranches é um desses querubins alumiados. Comunicador de relevância ampliada. E se não bastasse seu ar de moço bom, ele também é poeta, músico, filósofo, existencialista, espirituoso... Tem alma clara e um bom humor mineiro de infindo crédito. Uai bichinho cabra da peste, ôxente!
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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Um comentário:
Olá!
Seu blog é muuito interessante!
Eu adoreei!
ótimos poemas!!
Beijoooss... =)
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