sábado, 7 de janeiro de 2012



Foram quase 20 dias longe dos Campos de São José.
O meu sertão continua paciente com a escassez das nuvens chuvosas.
A legitimidade do sol fez-me perder o cuidado com o frio.
Mas cada momento e encontros, cada abraço e despedida valeram por uma estante cheia...Devolvi-me, as mesmas paragens de longínquo tempo.
O alpendre azaleiado, a cerca que ainda suporta a sustância do vento.
A fogueira a esperar por Junho.
O descanso de almoço na cadeira de balanço.
A estrada nos levando ao poço, ao juazeiro e aos pássaros de cor...
Tudo estava lá. Permitido e forte.
Até a balança silenciosa e pendurada no teto. Agora já não mede nem engabela ninguém, só enfeita.
Se o paraíso é mesmo uma questão pessoal, eu estive nele e sei que haverá continuança de saudade.

Feliz Tempo de esperança e buscas significativas a todos que cultivam os jardins do Bem.
Aos que NÃO se vestem com a indumentária da arrogância e insensatez.
Aos pacientes de recomeço e escutas demoradas.
Feliz Tempo aos portadores de ternura, alegria e generosidade.
Aos guardiões do simples.
Aos que habitam as aldeias da positividade e se reinventam mesmo em véspera de cansaço.
Feliz Tempo aos que entendem a poesia da vida e com ousadia de sol recomeçam a marcha.
Aos que se disfarçam de anjos e vão acendendo luzes pelo nosso caminho nos devolvendo a certeza divina de presença e aconchego constante de Deus.
Feliz Tempo de esperança, paz e bençãos.