terça-feira, 30 de setembro de 2008

Claudia!


Claudinha é uma dessas estrelas sonoras que quando aparece no começo da noite tudo vira algodão-doce, almofada-de-chita, maçã-do-amor.

Tem uma voz linda. De menina meiga com laço de fita nos cabelos... E quando declama poemas nos transforma em nuvem, em lume livres de qualquer ardor.

Claudinha trabalhou no sábado. Dia da 4ª edição do Poesia no Prato. Senti falta dela. Senti muito.Cada pessoa que adentrava ao templo eu acordava a esperança: "Quem sabe ela não virá também".

Não deu tempo. Ela não veio. Mas feito fada clara que advinha nossa saudade mandou suas cores neste bilhete perfumoso, que eu decidi não guardá-lo na gaveta, tão pouco deixá-lo sozinho na página da agenda. Divido com vocês este misto de arco-íris e girassol docim, docim.
Claudia, meu coração também é teu (todim, todim...)

sábado, 27 de setembro de 2008

Quarta Edição

A quarta edição do Poesia no Prato foi sábado 27/09/2008 na área externa da Univap – Campus Centro – São José dos Campos.

Não podia ter sido uma tarde mais plena. Ao lado da fonte embaixo das flores bebemos poemas e plantamos festas de cores. Embora ainda haja dor pela ausência do Ladislau.

Eu sempre sonhei com essa interação. O músico, o anônimo, o ator, o clássico, o professor, o analfabeto, o idoso, a criança, as possibilidades, a sorte, a rima e palmas a todos.

De verso em verso abriremos templos, pularemos cordas, estenderemos nosso tapete de pétalas em diversos canteiros e tocaremos nossa harpa rumo ao centro da interação completa, do amor e da magia. Magia esta que só os que amam, somente os que amam são capazes de se

entrelaçarem nela, decifrar seu andar seu aceno, seu hálito e gestos.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ocre!

Quando Setembro chegar

...Não existirá neurose em nenhum turno.
As quaresmeiras estarão de plantão
com seus mantos flamboyant apaixonado
e os ipês também se vestirão de roxo-clarinho
ou amarelo-ouro
(perfumadíssimos)
Igualmente lençol de comadre zelosa.

Setembro chegou e foi neste final de semana que conheci a poeta Mirian Cris,
estrela tocadeira de viola. Menina -libélula contadeira de causos, fazedora de versos calmos.
Amei a Mirian e sua poesia.
Ela me trouxe a lembrança das tardes alaranjadas de sertão e anjo.
Me trouxe o cheiro da cocada molinha, da panela de barro areiada e um tanto mais de coisas ocre que deixa o olhar da gente marejador. Um tanto assim de arco-íris e outro de prata amolecida.
Bem-vinda Mirian!
Bendita vida!

sábado, 6 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Escrevi para um amigo: A semente caiu no molhado e o roçado cheira flor em pleno agosto...Pegando o viés da colheita, o poeta Carlos Abranches nos enviou esta festa, que devidamente concedida por ele, eu partilho com vocês:

Oi, Zenilda.

Seu texto-resposta é um poema em prosa!

Encosta brejeiro na lua que te habita o nome,
cheira suave o sol das palavras claras,
mergulha no rio caudaloso da inspiração nordestina,
em que só os legitimamente nascidos nesse pedaço de céu
sabem entoar o cântico das palavras do sertão.

Do monte de minha mineirice,
abro-me em silêncio de espectador.
Quero mais é quietar-me para que esses versos
ecoem cá por dentro, na acústica interna de meu peito...

Só assim para ver, ouvir e sentir o eco
do que se revela no oculto dos poemas de vocês dois,
poetas duplamente paraibanos, inspirados no manto azul
que se abre sobre a terra em que vivemos.

O que meu sonho pede é que esses meus amigos sejam
sempre o que são, ou sempre mais,
para caber mais gente no alforje de quem escreve
as dores e alegrias do que somos.

Seja na Paraíba de lá,
Seja na de cá,
que sejamos sempre assim - crianças apaixonadas
por brincar de ver as coisas pelo ângulo que nos leva
ao além de nós, dos nós, de amigos nunca mais sós...

Sucesso por aí, que daqui vou dando um traquejo
nos buracos na camisa...

Inté (de mineiro)


Abranches é um desses querubins alumiados. Comunicador de relevância ampliada. E se não bastasse seu ar de moço bom, ele também é poeta, músico, filósofo, existencialista, espirituoso... Tem alma clara e um bom humor mineiro de infindo crédito. Uai bichinho cabra da peste, ôxente!