terça-feira, 17 de março de 2015


Embrulhei tua fala num mosaico verde bem placidozinho
prendi na proa do navio de ouro e alcancei o mar
nas espumas quase silenciosas pintei teu rosto 
nos corais e estrelas salpiquei tuas nuvens e formigas
no hissopo das pedras preguei tuas margens 
mas veio a noite
com suas safiras gementes e conchas sem pérolas
despejou seus detalhes e a lembrança do teu sono eterno
retornei como sal
sentenciada a escassez das dunas leves...