Por três anos ela habitou num porta-orquídea feito de casca de paus que ficava em cima do medidor de energia elétrica na entrada de nossa primeira casa.
Em outubro de 2014 decidi fixá-la por entre os galhos do manacá de cheiro.
Naquele ano amuou-se.
Fez greve de flor.
Ficou emperrada feito prego triste.
Ano passado, menos deprimida, nos ofereceu duas cápsulas medrosas e sem nenhuma boniteza.
Firmei cuidados sem tecer elogios.
Semana passada lhe dei água com o coração em pulos!
O vento que derrubava os pimentõeszinhos mostrou-me esse cacho fechado se dependurando com sisudez mínima.
Hoje toquei o cacho com amor indizível e fotografei.
As belíssimas alegrias retornaram.
O Poeta que não gostava de comprar flores, numa segunda -feira do mês de janeiro de um ano bem longe, ao me ver entrando em casa depois de um dia denso de trabalho, levantou-se do sofá, pegou um arranjo que descansava na caixa de som e me entregou risonho com poucas palavras:
- "Pra tu, foi o Boy quem deu"!
Obrigada, Boy!
As belíssimas alegrias retornaram e eu continuo escrevendo no caderno de capa dura bem apresentável que a Thaís me deu.
Um cheiro em TOdos!
sábado, 1 de outubro de 2016
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