terça-feira, 8 de julho de 2014
“Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
leve os olhos meus
que a saudade dói latejada...”
Antes do fim beijei-lhe a ponta do ombro direito e os dedos. Pudesse teria doado um rim, um pulmão e metade do fígado porque meu coração sempre foi dele.
Amigos-Irmãos!
Poderia ficar em silêncio, não acessar o face, mas vocês são laços que nos fortalecem, amores certeiros que nos preenchem na delicadeza desse tempo.
A bondade de Deus nos regenera nos apresenta um sol e céu repletos de razão para prosseguirmos ainda que minha alma pareça um casulo trincado de brasa.
Não posso deixar de estender aqui minha infinita gratidão.
Obrigada equipe SESC com vocês aprendemos que amor eterno também se constrói com afetos assim.
Obrigada equipe ADC-CTA. Robson você foi mais generoso que presidente. Eu nunca vou esquecer sua bondade
Obrigada Super Tuti com você aprendi que amor também é sinônimo de suplício, martírio e disputa. Ainda vou me jogar aos seus pés com mil rosas des-roubadas.
Obrigada Ze Almeida por conhecer os latejos de minhas aflições desde o tempo da fazenda de flores, onde borboletas clarinhas e azuladas brincavam de apostar corrida com a gente.
Obrigada Francisco Almeida por todas as palavras sábias, pelos telefonemas no meio das tardes. Por secar meu choro nas escadas cinza. Por me ensinar que todo começo tem a lentidão doce do fim. Obrigada Oswaldo por correr contra o tempo e também me emprestar suas asas Ricardo por nos sugerir compensações adornadas de aconchegos.
Obrigada Brisa minha pequenina e grande profetisa notável. Com você aprendi que em algumas tardes o cheiro da respiração vale mais que um abraço. Priscilapelas rosas e aromas aliviando a manhã domingueira.
Obrigada Amigos TODOS sem exceção, sem esquecer nenhum mesmo. Com vocês por perto eu ganhei a força do amor fraterno que bem aventura, que vem com todo cuidado e faz a chama da esperança crescer como se fosse o arco da promessa que a gente pintou de azul para durar, mas invés de durar ficou encantado e avoou feito um querubim pro lado de lá. Agora anda por um jardim em flor, chama os bichos de amor e tem olhos que é puro mel.
Amo vocês. Amo mesmo
Quando ele descobriu
meu sobrenome, minha inclinação lunática e minha natureza desprovida de
milagres deu-me um codinome e tratou de fazer uma trilha sonora para nossa
história. Escolheu músicas com letras que exaltava a lua e gravou em fitinhas cassete que chegavam pelo correio nos embrulhos mais
bem preparados que já recebi.
“Menina do anel de lua e estrela”
... “mente quem diz que a lua é velha”.
... “A Lua e eu”... E assim foi e assim somos.
Deus bem sabia o que estava fazendo. Todo aquele avolumar de amor me pôs no caminho certo.
Casamo-nos quando vesprava o outono de noventa e quatro. Na fase minguante da lua. Sem chá de cozinha, sem pompa e sem padre. Na simpleza dos sonhos e abundância de bênçãos.
Na parede da sala com o esmero dos que nunca se aborrecem ele desenhou uma “Quarto Crescente” que o Carlinhos Tomé pintou de preto brilhante e bem vivo. Vinte anos passaram-se. Vendemos a casa e adquirimos outra.
Desobedecendo aos cuidados e orientações da equipe médica esta semana ele deixou o repouso. Atravessou a avenida com um pendrive no bolso e alguns trocados.
Encomendou CAPRICHO ao mocinho da gráfica que de tardezinha entregou a arte pronta.
Fomos sorridentes para o novo lar. Antes do sol apoentar-se todo chegamos ao destino.
Subi com as caixas de livros, sacolas de miudeza e panos de chão (ainda não mudamos), quando percebi ele todo cuidativo e concentrado adesivando a parede pintada de verde clarinho disparei a foto.
Sou tão chegada às lágrimas que ao ver esta cena tremulei a voz, mas recuperei em seguida e suave feito imperatriz próspera declarei:
Amor de minha vida, uma vez o sonho encheu minha noite, vazou para meu dia, represou minha vida e é dele que vivo... “por onde for quero ser seu par”.
“Menina do anel de lua e estrela”
... “mente quem diz que a lua é velha”.
... “A Lua e eu”... E assim foi e assim somos.
Deus bem sabia o que estava fazendo. Todo aquele avolumar de amor me pôs no caminho certo.
Casamo-nos quando vesprava o outono de noventa e quatro. Na fase minguante da lua. Sem chá de cozinha, sem pompa e sem padre. Na simpleza dos sonhos e abundância de bênçãos.
Na parede da sala com o esmero dos que nunca se aborrecem ele desenhou uma “Quarto Crescente” que o Carlinhos Tomé pintou de preto brilhante e bem vivo. Vinte anos passaram-se. Vendemos a casa e adquirimos outra.
Desobedecendo aos cuidados e orientações da equipe médica esta semana ele deixou o repouso. Atravessou a avenida com um pendrive no bolso e alguns trocados.
Encomendou CAPRICHO ao mocinho da gráfica que de tardezinha entregou a arte pronta.
Fomos sorridentes para o novo lar. Antes do sol apoentar-se todo chegamos ao destino.
Subi com as caixas de livros, sacolas de miudeza e panos de chão (ainda não mudamos), quando percebi ele todo cuidativo e concentrado adesivando a parede pintada de verde clarinho disparei a foto.
Sou tão chegada às lágrimas que ao ver esta cena tremulei a voz, mas recuperei em seguida e suave feito imperatriz próspera declarei:
Amor de minha vida, uma vez o sonho encheu minha noite, vazou para meu dia, represou minha vida e é dele que vivo... “por onde for quero ser seu par”.
15-05-2014.
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