sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Quando apareceu a terceira matiz tumoral ofuscou meu sobre, meu quando, minha cantiga de  resolver agudos.  Entre céu e cactus andei sonâmbula e descalça procurando esmero para habituar-me as exigências da novidade. Nas cores de cada tarde conheci a urgência de se ter esperança, fé e bom ânimo.  Conheci o grande sol que pendia na barra do desconhecido e as primícias dos aromas que atarantam. Conheci também as flores de Deus; nítidas, plácidas, confiosas e trescalantes. Em especial  conheci  um futuro de serenidade conseguido pela coragem de  aceitar o que se passava. Oito meses se foram. Quase tudo em nossa vida mudou ou foi adaptado para as considerações da realidade. O tratamento convencional; farmacológico e quimioterápico estão sendo mantidos com rigor e assim será. O nutricional, suplementar e espiritual dentre outros afetos, tem sido suprassumo de boas garantias e surpresas. Por consenso médico não haverá cirurgia neste semestre, mas ainda assim estamos felizes pela certeza da bem aventurança e cuidados. Continuarei ao lado dele,  amiúde, vigilante, ocupada,  grudada feito virose amorosa. Repleta de fé e desejando saúde continuarei. Continuarei recolhendo o elixir das auroras, esperando em Deus o momento de tirar todo o vestígio de câncer da cabine dos nossos olhos.
Um beijo em TODOS!
Estamos bem, felizes e bem.
Gratidão sem cotas, por TUDO.

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